Thursday, November 16, 2006

Outono em Paris... (Parte 3)

Depois de alguma espera – talvez para criar um suspense, talvez não – finalmente chegou o terceiro dia em Paris. Acordamos ainda cansados da longa caminhada no dia anterior, mas esquecemos as dores musculares quando sentamos na mesa pra tomar café da manhã: croissants et petits pains au chocolat para agüentar até a hora do almoço. Pegamos o metrô perto do hotel na estação Jaques Bonsargent e seguimos para Oeste, na direção de Champs Elysées. Descemos na estação bem abaixo do Arc de Triomphe e, quando subimos as escadas para a superfície, lá estava ele nos esperando.

Não! Não o Arco, mas o soldado desconhecido. Não conhece? Claro, por isso ele é desconhecido (hehehe). No centro do monumento, bem abaixo do arco central, está a tumba do soldado desconhecido. Lá foi enterrado um soldado francês que morreu na Primeira Guerra Mundial e foi homenageado em nome de todos os franceses que morreram em guerras. A sepultura fica no nível do chão, é cercada por flores e tem uma chama que nunca se apaga. Este tipo de monumento se repete por toda a Europa. Quase todas as capitais têm uma homenagem ao seu soldado desconhecido. Em Londres, ele está sepultado na Westmister Abbey.

Claro que nós subimos ao topo do Arco, e como subimos... Aliás, como Paris é a cidade das torres, também é a cidade das escadas em espiral. A Lilian contou todos os degraus que subimos durante esta viagem: um número que precisa ser escrito em potências de 10! (lembre-se que eu sou engenheiro). O dia estava chuvoso, mas foi possível uma vista fantástica de Paris. O Arco já fica no alto de um morro e de lá de cima enxerga-se toda a avenida Champs Elysées à Leste, a curva do rio Seine com a Torre Eiffel ao Sul e La Defense à Oeste. Também da pra ver o Champ de Bagatelle, onde Santos Dumont voava com muitos de seus balões e, finalmente, em 1906, o 14-Bis.

Descemos do arco e fomos caminhar pela Champs Elysées na direção do Musée du Louvre. A avenida é uma seqüência de lojas e mais lojas. Com aquelas vitrines que toda mulher sempre sonhou em conhecer. Sabe todas aquelas grifes que você ouviu falar? Então, estão todas lá, ao lado de tantas outras que eu nem imaginava que existiam. Foi um passeio divertido. Em algumas lojas nós entrávamos só para perguntar o preço das coisas e dar risada. E rimos muito, muito... porque até agora não entendemos como alguém pode comprar uma bolsa que custa €3000,00 (três mil euros!) para carregar seu cachorrinho dentro dela! Será que o bichinho pelo menos saberá ler aquelas duas letras que se repetem hipnoticamente na estampa: LV? Bom, deixa pra lá. O passeio foi ótimo e a Lilian saiu feliz com uma sacolinha.

Descendo o morro, após o almoço, chegamos nos Jardin des Tuileries com um pouco de chuva (outono, né?). Um jardim muito bem cuidado que liga a Place de la Concorde ao Musée du Louvre. Fomos caminhando pelo jardim até a frente do Museu, mas não entramos, deixamos para um próximo dia. De lá, atravessamos por dentro do museu e saímos na margem do rio. Atravessamos para a margem sul onde existem muitas galerias de arte, uma atrás da outra, uma mais esquisita que a outra. Nessa altura já estávamos procurando um lugar quente e seco pra sentar e relaxar as pernas: nada melhor que um café na esquina. Nesta foto você sente um pouco da atmosfera do momento: ao fundo está a fachada sul do Museu. Café tomado, hora de continuar...

Seguimos andando na mesma calçada, atravessamos pela École des Beaux-Arts e chegamos atrás de um dos museus mais bonitos de Paris: o Musée D’Orsay. O prédio foi inicialmente construído como estação de trem em 1900 e depois foi restaurado e transformado numa galeria para receber pinturas, esculturas, móveis e fotografias, principalmente de artistas franceses. Fizemos dois grandes amigos lá, na verdade, são dois amigos grandes: o meu tive que deixar do lado de fora, mas a Lilian encontrou o seu do lado de dentro. Impressionante também é o relógio bem no centro da fachada. Ele tem duas faces, uma interna e outra externa, e funciona desde a época da estação (repare na foto da Lilian).

Depois de um longo dia como este, com mais caminhadas e escadas em espiral, nada melhor que um jantarzinho. Pegamos um ônibus até o querido Quartier Latin e encontramos mais um restaurante muito agradável. Foi dia de provar a famosa fondue. Preciso fazer algum comentário? Olha só a carinha da menina... Voltamos para o hotel de metrô... zzzZZZ. Fez-se tarde e manhã: o terceiro dia.

03/10/2006
Champs Elysées, Musée D’Orsay
Paris

2 comments:

Anonymous said...

ebaa... vou ser o primeiro a escrever..
Gutinho e Lilinha.. é mto bom ler e acompanhar a viagem de vcs.. dá pra matar um pouquinho a saudade.. rsrs...
waitem for me, hein.. hehehe...

bjs e abraços..
LEO

Anonymous said...

Estou tão contente em saber de vcs! E ao ver a Lilica com fondue a sacolinha... assim sei que ela está feliz! Rsrsrsrs...E essas torres, hmmm... Só falta um dragão e uma princesa!(Hehe)
Fiquem com Deus!
Oh ooo, Oh ooo....